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4 padrões biológicos que moldam nossas ações

  • Foto do escritor: Débora Palma
    Débora Palma
  • 19 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de out. de 2024

Precisamos tomar uma série de decisões todos os dias. como podemos, então, escolher melhor? agir melhor? o primeiro passo é conhecer a si mesmo, ou seja, quais são os seus padrões de resposta. A partir do momento que compreender que suas ações têm uma base biológica (comportamentos e respostas aprendidos há milhares de anos), fica mais fácil tomar uma decisão diferente. não somos, felizmente, puro instinto. É possível decidir como agir em algumas situações; para que isso aconteça, no entanto, é necessário agir de acordo com um processo (e não de qualquer jeito ou de qualquer forma).


No intervalo entre o estímulo e a resposta, pode acontecer de duas uma: de forma consciente, fazemos uma pausa e aplicamos a razão à situação. Ou abrimos mão do controle e acionamos um comportamento-padrão.


  • Quando alguém nos menospreza, atacamos com palavras raivosas.

  • Quando alguém nos exclui, supomos haver maldade da parte da pessoa.

  • Quando as coisas acontecem mais devagar do que imaginávamos, ficamos frustrados e impacientes.

  • Quando nos sentimos isolados, acreditamos que são os outros que estão errados em não querer estar conosco.


Percebem o problema desse tipo de pensamento? São pensamentos limitados por ideias que temos acerca do funcionamento do mundo.


Todo mundo já reagiu de modo a se arrepender depois – alguns passarão anos em estado de amargura por conta de algo que fizeram. E, quando ainda há solução, isso te exigirá o investimento de muito tempo e energia para reparar estragos. Pois é. Alguns comportamentos são como aquele e-mail que você envia sem querer e, assim que percebe, fica super frustrado.


Para evitar a ação por impulso (e que geralmente gera resultados distantes daquilo que a gente realmente queria), é essencial agir com base em 3 passos:


1. Parar - dê uma pausa! não aja agora. pense primeiro.

2. Criar espaço mental - saia da situação onde está para não agir "no calor da emoção"

3. Desenvolver o pensamento eficaz


Não existe nada mais forte que nossos instintos biológicos, que geralmente guiam nossas respostas aos comportamentos percebidos no ambiente. É a biologia, não a mente racional, que diz o que você deve fazer.


Existem algumas propensões a que estamos submetidos:


  • De defesa de nosso território – nosso espaço e identidade necessitam ser respeitados; não estamos falando apenas do espaço físico, mas do espaço que ocupamos no mundo. Quando alguém critica nosso trabalho, ou alguma coisa que fazemos, instintivamente nos fechamos ou nos defendemos.

  • Organização do mundo em hierarquias – fazemos isso porque nos ajuda a entender as coisas: como o mundo deve funcionar? A que regras devo obedecer? Por que medidas devo pautar minhas ações? Por isso, quando alguém te corta no trânsito, logo pensa: “Quem é você, para me cortar?!”. Você está reagindo a uma ameaça a seu sistema de hierarquias. A mesma coisa acontece quando os pais, diante de tantas perguntas insistentes dos filhos, respondem: “Porque é assim, e eu tô mandando!”.

  • Senso de autopreservação – ameaças a quem você é ou ao que você conquistou geram respostas automáticas. No trabalho, por exemplo, a ameaça de demissão pode fazer com que a pessoa comece a reunir informações e centralizar processos, não compartilhando com ninguém mais seu trabalho (como uma tentativa de garantir o controle das coisas).


Parrish (2024) elenca quatro padrões que têm base biológica e que influenciam no comportamento das pessoas.


  1. Padrão da emoção – tendemos a reagir com base a sentimentos, não argumentos e fatos.

  2. Padrão do ego – reagir a qualquer coisa que ameace nossa integridade ou posição em hierarquia de grupo.

  3. Padrão social – tendemos a nos submeter às normas do grupo social estendido.

  4. Padrão da inércia – tendência a resistir às mudanças e a preferir ambientes, pessoas e processos a que já esteja familiarizado.


Os 4 padrões coexistem, e podem influenciar uns aos outros. A questão não é evitar esse instinto, mas percebê-los e controlá-los na medida do possível. Somos criaturas de hábitos que buscam conforto e economia de energia. Viver de forma instintiva e quase automática, no entanto, pode trazer mais problemas do que soluções.


Referência: PARRISH, Shane. Pensamento eficaz: Como transformar situações cotidianas em resultados extraordinários. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2024.

 
 
 

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