Ícaro, o teimoso
- Débora Palma
- 18 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Sou fã de mitologias! Por isso, vou iniciar uma categoria de "Mitologia" aqui no blog. A mitologia tem tudo a ver com os estudos sociais, psicológicos, políticos... ou seja, faz parte da nossa vida e permeia a sociedade em que vivemos. Por isso, este faz sentido no meu blog - além de alegrar meu espírito!
Bem-vindos a mais uma seção! Saindo do forno em 18 de junho de 2019!

Uma besta ameaçava a cidade do rei Minos. Trata-se do Minotauro, criatura sedenta pela morte e destruição. O rei manda chamar Dédalo, inventor proeminente que constroi os labirintos de Creta para encerrar Minotauro, flagelo da cidade. O monstro, aprisionado, foi morto por Teseu, mas Dédalo caiu em desgraça com o rei, pois fornecera à princesa Ariadne o fio que ela entregara a Teseu e o qual ele usou para fugir do labirinto após matar a fera.
Minos, que não esperava que Teseu fosse sair vitorioso do conflito, acusa Dédalo de traidor, encarcerando a ele e seu filho, Ícaro, no labirinto cretense.
Dédalo, refletindo sobre sua condição miserável, tem uma ideia: ele e seu filho fugirão do labirinto! Criativo como era, criou uma armação de asas, nas quais colou penas de aves diversas com cera. Desta forma, poderiam voar para longe da cidade do rei, livrando-se do infortúnio a que foram condenados.
Ao lançarem-se ao céu, Dédalo já avisa o filho para jamais se aproximar do sol, pois o calor derreteria a cera que que prendia as penas das asas artesanais mas, impaciente como era, e em êxtase por estar voando, Ícaro dispara nos ares, distanciando do pai e planando nas alturas, desejoso de desafiar seus limites, apesar das orientações do pai. Quanto mais Ícaro se aproximava do sol, mais a cera se desfazia. Não podendo se ocultar do calor do sol, despenca do céu.
Enquanto isso, seu pai, distante e impotente para lhe prestar qualquer auxílio, passa muito tempo vasculhando o céu em busca de seu filho. E qual não foi sua surpresa ao ver as penas de sua engenhoca sob as águas do oceano... e, mais adiante, o corpo do filho jogado às margens de uma praia.
Com o coração tão despedaçado como as asas de Ícaro, chora longamente a morte do filho afobado e orgulhoso, enterrando-o logo em seguida no loca, que passará a se chamar Icária, em homenagem ao jovem.

O voo de Ícaro, por Jacob Peter Gowy
Referência
FRANCHINI, A. S. As melhores histórias da mitologia: deuses, herois, monstros e guerras da tradição greco-romana, vol. 1. Porto Alegre, RS: L&PM, 2018.
Imagens: Wikipedia
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