O valor da brincadeira
- Débora Palma

- 4 de jul. de 2021
- 1 min de leitura
Ao observar crianças brincando, o psiquiatra e psicanalista Donald Winnicott percebeu que elas criavam um terceiro mundo, situado entre os mundos internos e externo da imaginação da realidade - ou seja, um espaço transicional que permitia que se conhecessem e se descobrissem.

Como o bebê nasce e se sente parte integrante da mãe (a extensão dela), se vê como ser onipotente e único - afinal, a mãe atende suas necessidades com rapidez e prontidão ao sentir fome ou quando está sujo. Com o passar do tempo, a criança descobre que a mãe tem, na verdade, uma vida independe, e que não está lá para satisfazer de imediato todas as suas vontades.
A brincadeira surge como uma forma de dar sentido ao mundo, de exercer algum tipo de controle sobre ele.
Depois de Winnicott, o psicólogo húngaro Mihaly Csikszentmihalyi afirmou que os jogos promovem um equilíbrio entre a ansiedade e o tédio: o mais importante do jogo não é o encontro do eu, mas a perda do eu... como se pudesse existir um descolamento da realidade e a abertura de um espaço no qual pudéssemos ser alguém diferente.

Brincar é bom e é divertido. Não à toa, empresas como Google, Facebook dispõem em seus espaços oportunidades para brincar.
Quem não se sente mais leve, mais conectado, mais tranquilo, depois de um momento como esse?
Referência: TOMLEY, Sarah. O que Freud faria?


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